28 de maio de 2009

Mais de Arembepe

A comunidade local gosta muito é de pescar, entre uma atividade e outra sempre correm na praia e jogam uma linha ou "batem" tarrafa. Grande figura, conhecedor do folclore da Chegança, é o Seu Lió. Mestre de embarcação, sua rotina é acordar bem cedo e "ir ao oceano matar peixe"; quando acordamos, lá pelas seis da matina, lá vem ele com uma farofa de peixe do dia para tomarmos com café. Ouvir suas histórias é uma delícia!!
Nestas próximas imagens podemos ver os corais, que são uma das marcas das praias do litoral norte baiano, como Praia do Forte, Costa do Sauípe e outras. Quantas vezes, por falta de água na região, tomei banho vendo os peixinhos nos corais!!



Essa é para quem diz que baiano não trabalha!!!!






E entre os velhos pesacadores, sempre tem um jovem surfista!!

23 de maio de 2009

Arembepe - Bahia

Nunca imaginei que teria uma ligação tão forte com uma cidade como a cidade baiana de Arembepe. Por ter desde pequeno a influência nordestina de minha família materna, por isso do Farias no meu nome, originário de Alagoas, sempre me identifiquei muito com o nordeste, principalmente com os costumes e pela maneira de ser do povo, presença forte na figura de meu avó Dóla. Pintor, extremamente calmo e equilibrado, passava horas pintando sem falar muita coisa, e quando falava, era sempre com piadas e gozação. Assim, eu passei muito tempo de minha infância, sentado ao seu lado vendo-o pincelar.
Esta identificação com o nordeste esteve inerte por algum tempo desde que o Seu Dóla faleceu. Um dia, por vontade de produzir uma trabalho fotográfico documental, enveredei pro lado da Capoeira, e conheci o grande mestre angoleiro Lua de Bobó. Filho de pescador, este arembepeiro criou-se nas areias da praia, mas menino mudou-se com a mãe para Salvador. O conheci na capital soteropolitana, praticamente fechando a academia onde ele e seu mestre estiveram por cerca de 30 anos. Sua vontade foi contruir uma nova academia, agora em sua terra natal, foi esta história que acompanhei durante alguns anos entre os angoleiros.
Um dia o Mestre Lua convidou-se para fazer uma exposição com as fotos que eu vinha produzindo sobre a comunidade local, através da Festa de Iemanjá, e quando eu estava preparando um texto para compor a mesma, descubro que Arembepe significa "aquilo que nos envolve". Passei a entender porque muitas pessoas passaram por estas bandas e sempre guardam boas recordaçãoes
do mar, da aldeia hippie, do povo, do lugar.












Abraço, bom final de semana!!!!

21 de maio de 2009

Rally - Copa Peugeot 2009

No último final de semana estive cobrindo mais uma etapa de rally, a Copa Peugeot, em Goiânia e arredores, como Hidrolândia, Aparecida de Goiânia e Aragoiânia. Para quem pensa que este tipo de reportagem tem muita curtição, engana-se, desde o momento em que chegamos, na sexta, até o fim da etapa no domingo à tarde, é muita correria, acordando cedo e dormindo tarde, dirigindo e clicando praticamente sem parar; e sempre que retornamos ao "apoio" ou ao hotel, temos que descarregar os cartões e editar as imagens. As companhias é que fazem os momentos ficarem divertidos, e aqui deixo um abração pro Zé Mário, pro Fábio Davini e pro meu irmão Daniel. Mando um abração pro pessoal da produtora de vídeo que cobre o evento, a galera é bem legal, Bocheca, Aelson e Chiclete!!


A dupla Tony Kranzegger e Gerson Lange, os mais rápidos da Light



Carro 10, vencedor na Master, com Émerson Destro e
Sérgio Avallone,
mudando o cotidiano do povo local

Rally de Regularidade
Esta é a parte do evento pelo qual sou o responsável pelas imagens, enquanto o pessoal continua cobrindo os carros do rally de velocidade, eu e o cinegrafista Aelson cobrimos os carros das famílias, dos casais e dos amigos, onde o objetivo é manter o ritmo, seguir a planilha e curtir o passeio!!







O jogador Alex Dias, ex-Vasco e Goiânia, presente com a família



Abraço, logo voltamos para as histórias da Bahia...

13 de maio de 2009

Acupe, Bahia

Pelas visitas e pedidos que recebi por e-mail, de baianos, inclusive, resolvi postar mais algumas imagens da misteriosa e encantadora Acupe. Disse que as "pebês" continuariam inéditas, mas não resisti, e resolvi ceder aos amigos, porém, as principais continuarão esperando uma outra oportunidade ou uma outra forma de exibi-las, mas aqui já dá para ter uma idéia do que acontece por ali.
Na primeira vez que estive no local, não havia água no canal, parecia um areial sem função e todo aquele contexto pesqueiro não fazia muito sentido. Em outra oportunidade, enquanto conversava com um artista local pude ver a água chegando de mansinho e entre um papo e uma cervejinha numa tarde bem preguiçosa, percebi a transformação do cenário. Enquanto a água regava o mangue, os barcos iam chegando e ocupando a margem em frente a calçada da rua principal, nada mais do que cem metros. As mulheres foram aparecendo dos becos para ajudar e o burburinho foi transformando os ares. Logo caí na real que estava mesmo na Bahia, não parava de lembrar das imagens do Verger no Mercado Modelo, muito tempo atrás.


Chegada dos barcos com penas (velas) de saco de açúcar e carvão

Após o trabalho do dia os homens guardam as penas e consertam as
redes, as mulheres limpam os peixes
.




A comunidade parece fechada em um primeiro contato, mas com
jeitinho e educação as relações vão se constituindo e as fotos surgindo




Abraço, seguindo por estas bandas!!

9 de maio de 2009

Mais de Cachoeira

Cachoeira é uma das mais tradicionais cidades do Recôncavo Baiano. Cortada pelo Rio Paraguaçú, uma ponte de ferro, antiqüíssima, liga a cidade a outro município incrível, São Felix.
Como estas cidades fazem parte da cultura popular, nas mais diferentes formas, lendas, músicas, cordéis, ouvi muito sobre elas nas rodas de capoeira, principalmente quando falavam dos antigos mestres que viam do interior para demonstrarem suas habilidades na cidade de São Salvador. Senti a necessidade de por ali passar e absorver mais da cultura e entender melhor suas expressões. É uma viajem no tempo, até certo ponto provocativa, pois a carência social e a falta de planejamento urbano fazem sofrer quem ali vive, mas mantém os ares do passado.
Acredito que por fotografar muito tempo em preto-e-branco no universo da capoeira angola, e também pelo meu imaginário estar formado de forma colorida pelas influências literárias e musicais, principalmente, não vi outra forma de fazer estes registro que não coloridos.


"A Bahia tem um jeito que nenhuma outra terra tem(...)
Você já foi à Bahia, nêga?
Não?
Então vá!"
Dorival Caymmi






Como nem tudo são flores na Bahia...




Abraço, até...