29 de abril de 2009

26 de abril de 2009

XIII - Acupe - fora do mapa



Acupe, Bahia, 2004

Na primeira vez que fui ao Recôncavo minha porta de entrada foi a pequenina cidade de Acupe. Estava em visita de pesquisa com o Mestre de capoeira angola Lua de Bobó, em excursão que promovera com mais pessoas do seu grupo e amigos para aprofundar e de certa forma buscar novas inspirações para o dia-a-dia do próprio baiano, cansado com do antagonismo de seleiro cultural e consumidor do lixo midiático.
A chegada no vilarejo se dá por uma pequena praça que parece na mesma velocidade de 50 anos atrás, com aquele mesmo sol escaldante e com aquele chão de pedras empoeirado. Ao descer pela viela chegamos ao pequeno porto, que abriga um restaurante, bares e casa de pescadores.
Em pesquisa básica, não encontrei nada, sem histórico no site do IBGE, só sei que a vila faz parte do município São Francisco do Conde, na estrada entre Saubara e Santo Amaro. Não é de se entranhar, este ano mesmo, perguntei a uma aluna que viveu naquela região e ela nunca havia ouvido falar em Acupe, Saubara...
Mas a coisa mais misteriosa que acontece neste lugar, além das cestas para secar peixes que estão espalhadas por todo canto, é o "braço de mar", entre a vila e o mangue, parte da Baía de Todos os Santos, que por ali passa. Pela manhã não se vê a água, as pessoas usam aquele espaço para coletar alguns bichinhos da terra, consertar barcos e para jogar futebol...a água vai chegando devagarinho e após algumas horas o volume de água cria um canal por onde chegam os barcos com as velas de pano de saco. Inesquecível!! Já voltei lá mais três vezes, o material preto-e-branco continuará inédito para uma exibição futura. Nos próximos posts continuarei postando mais algumas imagens da região.
Até a próxima,

24 de abril de 2009

A gente vê cada uma...


Curitiba, 2004

Parte XII - Rio de Janeiro


Jardim Botânico, Rio de Janeiro, 2002

Esta imagem foi feita quando eu estava em viajem de retorno da Bahia, após uma reunião na Funarte, onde fui apresentar as imagens do documentário sobre a Capoeira Angola.
A imagem foi uma tentativa de unir a arquitetura, a paisagem local e o Cristo ao fundo.
Abraço,

16 de abril de 2009

Parte XI - Cores no ar


Cristo no Pelourinho, Salvador, 2004

Quando tenho oportunidade de mostrar esta imagem, não resisto em contar como consegui esta imagem. Eu tinha ido ao forte Santo Antônio Além do Carmo, que fica do lado oposto por onde normalmente se chega no Pelourinho. Tinha ido ao encontro do Mestre Moraes, famoso angoleiro, e depois da roda de capoeira, que em termos fotográficos foi um fracasso para mim, resolvi ir embora e para isso tinha que cruzar to o Pelo a pé....Sinistro, tarde da noite tudo escuro, confesso que corri pelas vielas com temendo pelo meu equipamento. De repente, vejo aquela luz e senti que ali eu poderia dar uma parada e pensar como sair dali. Bati palmas, chamei, mas ninguém apareceu, as coisas continuavam estranhas. Entrei pelo corredor lateral, mas não fui até o final e resolvi voltar para a rua. Sem ninguém para me auxiliar, resolvi continuar, quando atravessei a rua, vi uma luz interessante e de repente percebi a imagem do Cristo, que me deu um alívio. Aí pensei, na sob a vista Dele, vou fotografar, mesmo na roubada!!! E confesso que gostei do resultado. Eu que admito ter dificuldades em fotografar em cores.
Então, digo que publicarei nos próximos posts algumas coloridas, espero as críticas e os comentários.
Abraço,

Cultura?



Achei vergonhoso entrar no site da Gazeta do Povo, entrar no Caderno G e não ver nada sobre o lançamento do livro do fotógrafo paranaense João Urban. Sei que há uma matéria no site, mas este "caderno"de cultura está muito fraco, a gente entra na página e só tem material de release das grandes indústrias, produtoras e gravadoras. Cadê a independência deste jornal? Cadê as reportagens? cadê os bons jornalistas que entendem e sabem fazer cultura? Já não é hora de termos um caderno que produza cultura, ao invés de reproduzir (ctrl c, cltrl v) releases de shows e filmes?!!!!!
Um trabalho de anos, de um artista, fotógrafo reconhecido iternacionalmente, mas que é divulgado tratado como qualquer outro release. Imaginem nós pobres normais, quando teremos espaço com nossos trabalhos.

12 de abril de 2009

Stock Car, Curitiba

Só uma palinha do que rolou nesta segunda etapa aqui em Curitiba,para quem quiser ler mais, sugiro a matéria do meu amigo jornalista Marcos Rosa do Pauta SJP, para quem fui cobrir o evento.


O piloto paranaense Lico Kaesemodel


Momento íntimo do piloto Cacá e o fotógrafo


Largada da segunda etapa da Stockcar 2009


Aqui o líder Valdeno Brito começou a abrir a sua vantagem...


Cacá, segundo colocado na prova, durante o pit stop


Nos boxes, por pouco não houve acidentes


Tiago Camilo, terceiro colocado em Curitiba


Fotógrafos na Stock


O veterano Chico Serra e o seu Hot Wheels


Valdeno Brito, o paraibano do Paraná, liderou de ponta a ponta


Os três vencedores, Valdeno Brito, Cacá e Tiago Camilo

Abç,

9 de abril de 2009

Parte X - Lavagem do Bonfim


Senhora, Lavagem do Bonfim, 2002


Oferenda, Lavagem do Bonfim, 2002

Esta foi a primeira vez que fotografei a lavagem. Já tinha ouvido falar muito da cerimônia e participar como fotógrafo deve ser bem diferente de outras experiências. Acho que era dia 17 de janeiro, acordei bem cedo e fui logo para a frente da Igreja da Conceição da Praia, bem perto do Mercado Modelo, ponto da turistada. A caminhada sai deste ponto e vai até a Igreja do Bonfim, entre curvas e subidas são 8 km de distância. Fui acompanhando o cortejo, fotografando tudo, quase louco, me controlando para não torrar os rolos de filme logo nas primeiras quadras. A gente não pára de ver aquelas "figuras", gente de todo tipo e demonstrando sua fé das mais diferentes e esquisitas maneiras. Quando cheguei à igreja onde são lavadas as escadarias, estava muito cansado, o sol estava implacável!!! Foi quando procurei ficar embaixo do palco que havia ali e encontrei esta senhora, que gentilmente perguntou se eu queria um pouco do que tinha trazido na bolsa para almoçar, fiquei emocionado, gente simples, que sempre me toca o coração. Fiz várias fotos ali, das baianas, de uma roda de samba, o pessoal no bar...quando resolvi voltar. Pensei vou voltar a pé, retornei uns 200 mts e dou de cara com o bloco dos Filhos de Gandhi, não deu outra voltei com os caras!!! Passei mais um tempo ali na frente da igreja, lembro que quando parei, deveria ser umas 2 da tarde, tomei um refresco e comi uns 3 acarajés, daqueles tipo "Jesus me chama", suicida. Ainda bem que não deu nada. Caminhei os 8 kms de volta, fotografando bem pouco, e fui pegar o ônibus para voltar para casa de uma amiga, já dentro do busão, quase dormindo, tentando me esconder do sol, pula um malandro e leva meu swatch do braço e sai andando...na cara dura!!!
Tirando o final da história, eu adorei estar ali. Me via como nos livros do Pierre Verger.
Foi demais, por isso publico mais de uma foto, pois uma é pro santo, como dizem!!!
Abraço,

2 de abril de 2009


Rod. Régis Bittencourt, 2002

Esta é uma daquelas imagens que você vê a cena de longe e dirigindo pensa se vale a pena parar ou não, na maioria das vezes acho que vale, nem que a boa foto não aconteça.
A série continua.
A próxima imagem virá só na segunda.

Abraço,